Nas Olimpíadas Rio 2016 podemos apontar quatros seleções
que possuem certo favoritismo tanto no futebol masculino como no feminino. No
masculino: Brasil (país-sede e que
busca a primeira medalha olímpica de ouro), Portugal (atual vice-campeã sub-21 europeia), Alemanha (que possui um trabalho intenso nas categorias de base) e México (atual campeão olímpico). Já no
futebol feminino: Brasil (país-sede
e que busca a primeira medalha olímpica de ouro), Estados Unidos (sempre uma força no futebol feminino e tri campeã
mundial), China (que vem investindo
bastante no campeonato local e com isso tem mostrado uma evolução) e a Alemanha (duas vezes campeã mundial).
Quando pensamos na relação entre biomecânica e o futebol,
rapidamente podemos pensar na contribuição que a biomecânica pode trazer na
diminuição de índices de lesão. Normalmente são classificadas de acordo com o
contato ou não com o adversário, sendo as lesões musculares (não contato) as
mais comuns. Uma das estratégias (em conjunto com marcadores fisiológicos) a
serem utilizadas pela Biomecânica para a prevenção e determinação de lesões
musculares é a Termografia, capaz de identificar diferenças de temperaturas
contralaterais, indicando se existem áreas com hiper ou hipotermia, auxiliando
na identificação ou prevenção do problema. Já lesões articulares, como por exemplo, a
ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA), lesão com tempo de afastamento alto,
tem sido bastante investigadas e uma das estratégias de prevenção são as
avaliações com sistemas de cinemetria e a identificação de, por exemplo, valgos
dinâmicos um dos principais fatores de risco.
Outro ponto constantemente explorado são as avaliações de
materiais utilizados (chuteiras principalmente) na prática esportiva.
Aparentemente a configuração e formato de travas podem aumentar o risco de
lesão, em especial em movimentos de rotação, por conta do aumento de atrito com
o solo, causando entorses de joelho e tornozelo, e até mesmo a ruptura do LCA.
Por meio da pressão plantar as lesões
podais também podem ser investigadas, como a fratura do quinto metatarso, uma
das mais graves e de maior reincidência. Destacam-se as investigações que tem
por objetivo identificar a influência de movimentos específicos em conjunto com
a utilização de materiais específicos a fim de descrever a distribuição da
pressão plantar e locais de risco de lesão.
Prof.
Renato Azevedo
Programa de Pós-Graduação em
Educação Física
Universidade Federal de
Santa Maria
Grupo de Pesquisa em
Neuromecânica Aplicada
Universidade Federal do
Pampa
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