Classicamente as seleções da
Alemanha, UK, USA e Austrália são algumas das favoritas, mas outros países com
menos tradição às vezes têm surpreendido.
Por meio de uma análise
cinética dos remadores podemos verificar que a produção de força desenvolvida
pelos remadores apresenta diferentes perfis, o que possibilitam a construção de
um gráfico da aplicação de força no remo pelo tempo decorrido durante o
movimento, o que chamamos de curva de força x tempo (HILL, 2002). Diferentes
remadores apresentam diferentes formatos de curva de força x tempo, ademais,
existem evidências de que estas diferenças estariam relacionadas com as
características fisiológicas como o tipo de fibra muscular, atividade
enzimática, entre outras (ROTH et al., 1993). Analisando as curvas de força x
tempo dos remadores, podemos classificá-los em basicamente dois grupos: os
remadores que apresentam o pico de força na primeira metade da curva de força x
tempo e os remadores que apresentam o pico de força na segunda metade da curva
de força x tempo. A literatura denomina os remadores com essas características
de stroke e bow, respectivamente. A estratégia de produção de força será
determinante no desempenho dos atletas e na diferenciação dos campeões. Esses
aspectos podem apresentar uma boa aplicabilidade no controle de treinamento dos
remadores e formação das tripulações no qual os treinadores podem, em função
dos objetivos da competição e velocidade dos barcos, direcionar as estratégias
de produção de força dos remadores, como por exemplo, perfil de produção de
força bow para competições extensivas
e/ou em barcos menores e mais lentos e stroke
para competições intensivas e/ou em barcos maiores e mais velozes.
Prof.
Dr. Rafael Baptista
Faculdade
de Educação Física
Pontíficia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Grupo de
Pesquisa em Fisiologia do Exercício e Biomecânica (FISIOMEC)
Laboratório
de Avaliação e Pesquisa em Atividade Física
Referências
HAGERMAN, F. C. Applied physiology of rowing. Sports
Med. 1:303-326, 1984.
HAGERMAN, F. C. Physiology of competitive rowing. In:
GARRET JR., W. E., KIRKENDALL, D. T., eds. Exercise
and Sport Science. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins.
843-873, 2000.
STEINACKER, J.
M. Physiological Aspects of Training in Rowing. Int. J. Sports Med. 14:S3-S10, 1993.
HILL, H. Dynamics of coordination within elite rowing
crews: evidence from force pattern analysis. J. Sports Sci. 20:101-117, 2002.
ROTH, W., SCHWANITZ, P. PAS, P. BAUER, P. Force time
characteristics of the rowing stroke and corresponding physiological muscle
adaptations. Int. J. Sports Med. 14:S32-S34,
1993.
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